"A Politician needs the ability to foretell what is going to happen tomorrow, next week, next month, and next year. And to have the ability afterwards to explain why it didn't happen" Winston Churchill

domingo, 13 de março de 2011

Nova semana

Novo protesto, nova semana, nova subida dos preços dos combustíveis. Parece quase uma rotina no nosso dia-a-dia, preços aumentam mais e mais. Mas desta vez parece-me um pouco diferente. Em que se baseia este novo aumento do preço dos combustíveis? Na descida da sua matéria-prima, o brent? Há cerca de duas semanas quando a subida foi vertiginosa até cerca dos 120 dólares, a subida dos preços dos combustíveis, foi também proporcionalmente vertiginosa. Mas as recentes descidas parecem ter caído no esquecimento de quem define esses valores.

A paralisação das empresas transportadoras de mercadorias realizar-se-á amanhã. Está previsto um bloqueio a partir das 00h00 do dia de amanhã em todo o país com o objectivo de protestar contra os aumentos e levar o governo a adoptar medidas de apoio às empresas para minimizar os efeitos destas subidas constantes e incompreensíveis do gasóleo e da gasolina. Mas será que vale a pena? O resultado parece-me ser semelhante ao da semana passada em que o governo para tentar acalmar as hostes decidiu lançar um pacote de medidas ridículas e sem efeito para mandar areia aos olhos dos transportadores. Esta paralisação é uma questão sensível. As associações de empresas de outros sectores de actividade que têm camiões na sua actividade já vieram mostrar o seu descontentamento por se sentirem injustiçadas e excluídas de uma eventual ajuda às transportadoras de mercadorias. Esta greve vai afectar o país inteiro em diversos sectores, nomeadamente no sector da distribuição e dos combustíveis, a comida não chegará aos supermercados, nem a gasolina às bombas. O povo parece dividido, uns preferem a greve, o protesto e a contestação para forçar novas medidas, outros preferem trabalhar, produzir para inverter e tendência, outros preferem qualquer coisa porque não estão “nem aí” para o que se passa no nosso país. Vamos ver o que acontece.

No meio disto tudo, existe um silêncio ensurdecedor da Autoridade da concorrência. Será que ainda há dúvida de que existem práticas consertadas neste sector? Qual é realmente o poder de acção do senhor Manuel Sebastião? São questões que eu e todos nós gostávamos de ver respondidas. Mais uma semana vem aí, esperemos pelas respostas.

Sem comentários:

Enviar um comentário