"A Politician needs the ability to foretell what is going to happen tomorrow, next week, next month, and next year. And to have the ability afterwards to explain why it didn't happen" Winston Churchill

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cavaco vs Cavaco

Pedro Pereira, 17 anos, Estudante no 12º ano no curso de Ciências Socioeconómicas.
O meu blog pessoal e o perfil no Facebook.
Agradeço o convite do André Serras e deixo votos de uma boa e enriquecedora experiência neste blog político plural.




Durante os últimos dias de campanha, e atendendo às recentes notícias sobre a dívida pública portuguesa, têm-me consternado as últimas posições do actual Presidente da República e candidato Cavaco Silva.

Por um lado, como Presidente da República, reage com uma aparente postura amenizadora, referindo que "não se deve especular sobre a vinda do FMI", promovendo, supostamente, a estabilidade governativa do país, imprescindível para seguir em frente com os progressos atingidos esta semana; poucas horas depois, na "pele" de candidato e social-democrata, anuncia uma imimente crise politica.

A atitude isenta e impulsionadora do país é tentada, mas sem grande sucesso, uma vez que logo a seguir vem ao de cima um Cavaco Silva preocupado em reunir votos e não em defender Portugal.
Neste momento, mais precisamente esta semana, aliados às boas notícias, precisamos de sinais de confiança. E, desta forma, culparei Cavaco pela próxima subida (espero que não aconteça) dos juros da nossa dívida.

A título de lançamento do debate, deixo a questão: será a entrada do FMI em Portugal uma forma de a direita subscrever políticas que apoia, mas que não tem coragem de assumir em seu nome?Até que ponto será a entrada em Portugal do FMI vantajosa para os portugueses?

3 comentários:

  1. Respondo aos progressos atingidos com esta notícia, de alguém que sabe com certeza, as verdadeiras consequências deste valor de juro da dívida http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1755390 .
    A contradições estamos nós habituados, desde o actual governo, ao candidato Manuel Alegre! Mas o que vejo no segundo link em nada contradiz o quarto...
    Penso também que as recentes declarações de Alegre para pedir a suspensão da campanha a Cavaco e que o acompanhava, se fosse para o bem nacional, penso ser uma jogada, com um fim esperado, menos credibilidade para Alegre por joguinhos desnecessários!

    A diferença entre o FMI e qualquer governo, é que o FMI não teme e não se sujeita a pressões nem fica com a cara manchada! Por muito que me custe a verdade é esta tanto para a direita como para a esquerda!
    Caso as emissões de dívida estejam para continuar, espero o FMI cá urgentemente, pois não estou disposto a pagar a factura que o orgulho de Sócrates me deixou...

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  2. Quanto à tua escolha da análise sobre o que aconteceu nos leilões de hoje, acho que devias também ter em conta reacções como a de Angela Merkel.

    Introduzes na discussão os nomes de Sócrates e Alegre (mesmo sem sustentares), alterando o seu rumo, mas eu proponho que nos foquemos no assunto do post e que deixemos isso para outros posts.

    As declarações de Cavaco Silva são contraditórias, sim, pois como PR, todas as suas intervenções são importantes e tidas em conta. Ao defender o Governo e evitar discutir sobre o FMI, depreende-se que esteja a promover a estabilidade institucional. Quando, num comício, anuncia uma crise política, não podemos ficar indiferentes às reacções que os investidores terão e aos impactosque tais declarações causaram.
    Compreendo que, nese comício, tivesse intenção de conquistar ainda mais respeito dos sociais-democratas presentes, mas, já que evita opiniões quando questionado como PR, não se pode esquecer que, em comícios, e para quem o ouve e lê, ele continua a ser PR.

    Num momento como estes, os velhos do restelo - aqueles que desvalorizam as boas notícias e enaltecem as más, pois são instrumentos de ataque político - incomodam pela postura; já Cavaco Silva, com o cargo que ocupa, sujeita-nos a consequências graves.

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  3. Mas é óbvio que a Angela Merkel, tem uma reacção positiva ao juro da divida portuguesa, desde sempre foram eles, os alemães, os principais compradores da nossa dívida, e a um juro destes penso que qualquer investidor tem de ficar satisfeito! Se pudesse, até eu comprava!

    E como é óbvio concordo contigo nesse segundo parágrafo...

    Mas a taxa de juro depende de vários factores, e acredita que caso a taxa de juro suba, não se vai dever única e exclusivamente a Cavaco Silva. Pois já Manuel Alegre o disse e bem :"numa primeira fase, é preciso conter o crescimento da dívida e, numa segunda, diminui-lo. Tal não significa cortar o investimento público, nem abdicar do papel do Estado no estímulo ao crescimento económico e no combate ao desemprego." Pena ter sido à muito tempo e não o relembrar...

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