"A Politician needs the ability to foretell what is going to happen tomorrow, next week, next month, and next year. And to have the ability afterwards to explain why it didn't happen" Winston Churchill

quinta-feira, 31 de março de 2011

A Verdade da Mentira

A 11 de Janeiro de 2011, José Sócrates, todo contente, vem a público felicitar-se pela execução em 2010, dizendo: "O défice orçamental de Portugal vai ficar “claramente abaixo” dos 7,3% do PIB"...

Em 2005 já todos sabíamos que o défice estava a rondar os 6,8% e isso nunca foi escondido enquanto Sócrates estava em campanha e fazia promessas contrárias aos seus actos posteriores!

Pediram que as contas não fossem revistas, tal como foi feito por Durão a Guterres e Sócrates a Santana, mas essas contas tiveram de ser revistas como assim obriga a UE. E agora que sabemos que Sócrates nos andou a enganar e à UE, será que vemos assim esclarecidas muitas das nossas dúvidas quanto a um PEC IV, que afinal não serve só para acalmar mercados.

Com que confiança olharão agora os mercados para nós numa altura em que lhes mentimos descaradamente? (Mentiu Sócrates, para o nosso bem?!?!)

É nestas posições que ele nos mete, e há quem o defenda, eu não percebo como!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ponto de Situação

Ontem José Sócrates apresentou a sua demissão a Cavaco Silva, após ver (pela TV) o PEC IV (Europeu) ser chumbado por todos os partidos da oposição.
Um PEC que visava, acima de tudo, atingir os mais pobres, mantendo inalterável a situação dos mais ricos,tal como os outros PEC's.
Portugal atravessou em 2009 um período de recessão, e se os resultados deste mês coincidirem com as previsões, estaremos a atravessar outro, num espaço de dois anos! Não é que não estejamos já em recessão, mas a definição assim o exige.
Este tem sido o caminho escolhido para atingir a meta dos 3% no défice, venham agora queixar-se da UE, quando sabemos que se este tratado não existisse, sem regulação estaríamos bem acima dos 8% falados ontem pelo Eurostat, que a serem confirmados, mostram que NÓS, andámos a mentir em relação ao nosso verdadeiro défice, pois apontávamos 6,8%, uma melhoria em relação às previsões dizíamos nós!
Após a aprovação do OE2011, onde o estado social é claramente atacado, e onde a estagnação económico são os caminhos para onde ele nos leva, como é possível alguém prever que a economia vai crescer 0,2%? Óbvio que agora se revê em alta entre 1 e 2%!
Quanto à saída de José Sócrates, sinto-me aliviado, confiante que o FMI não entrará verdadeiramente, a não ser que o nosso défice fosse falso, ou que já estivessem à porta, e com esperança de um Portugal mais justo!

quarta-feira, 23 de março de 2011

D-Day

Hoje vai ser dos dias mais importantes do nosso país!
Não sei o que vai acontecer a partir de hoje, o que se vai descobrir o que vai mudar!

Digo que já basta deste Governo, que colocou este país num 8, 8 de juros da dívida, 8 de défice (enganados, pois eles diziam que era abaixo de 7).
Aguardo desenvolvimentos!

domingo, 13 de março de 2011

Nova semana

Novo protesto, nova semana, nova subida dos preços dos combustíveis. Parece quase uma rotina no nosso dia-a-dia, preços aumentam mais e mais. Mas desta vez parece-me um pouco diferente. Em que se baseia este novo aumento do preço dos combustíveis? Na descida da sua matéria-prima, o brent? Há cerca de duas semanas quando a subida foi vertiginosa até cerca dos 120 dólares, a subida dos preços dos combustíveis, foi também proporcionalmente vertiginosa. Mas as recentes descidas parecem ter caído no esquecimento de quem define esses valores.

A paralisação das empresas transportadoras de mercadorias realizar-se-á amanhã. Está previsto um bloqueio a partir das 00h00 do dia de amanhã em todo o país com o objectivo de protestar contra os aumentos e levar o governo a adoptar medidas de apoio às empresas para minimizar os efeitos destas subidas constantes e incompreensíveis do gasóleo e da gasolina. Mas será que vale a pena? O resultado parece-me ser semelhante ao da semana passada em que o governo para tentar acalmar as hostes decidiu lançar um pacote de medidas ridículas e sem efeito para mandar areia aos olhos dos transportadores. Esta paralisação é uma questão sensível. As associações de empresas de outros sectores de actividade que têm camiões na sua actividade já vieram mostrar o seu descontentamento por se sentirem injustiçadas e excluídas de uma eventual ajuda às transportadoras de mercadorias. Esta greve vai afectar o país inteiro em diversos sectores, nomeadamente no sector da distribuição e dos combustíveis, a comida não chegará aos supermercados, nem a gasolina às bombas. O povo parece dividido, uns preferem a greve, o protesto e a contestação para forçar novas medidas, outros preferem trabalhar, produzir para inverter e tendência, outros preferem qualquer coisa porque não estão “nem aí” para o que se passa no nosso país. Vamos ver o que acontece.

No meio disto tudo, existe um silêncio ensurdecedor da Autoridade da concorrência. Será que ainda há dúvida de que existem práticas consertadas neste sector? Qual é realmente o poder de acção do senhor Manuel Sebastião? São questões que eu e todos nós gostávamos de ver respondidas. Mais uma semana vem aí, esperemos pelas respostas.

Ora amigo, ora inimigo...

José Sócrates viu no PSD o apoio para a aprovação do OE2011.
Viu em Cavaco Silva um apoio para a estabilidade política no país.

Chegados a 2011, José Sócrates, aproveita a campanha de Manuel Alegre para lançar duras críticas a Cavaco.
No dia dos resultados, tenta fazer as pazes com o mesmo.

O PSD tem vindo a apoiar o Governo nas medidas mais decisivas para o país, o PS não larga a política do choradinho, que se não aprovam não há condições para governar.

Cavaco Silva faz um discurso de tomada de posse, forte, com pés e cabeça sobre a realidade do país.
Os homens do PS criticam duramente Cavaco ao contrário do que no fundo José Sócrates fez, ele não os mandou calar. E quer ele continuidade nas boas relações com Belém.

José Sócrates reúne com os líderes europeus, e sai de lá com medidas de austeridade desconhecidas de todos, desde Cavaco aos deputados do PS.
Vem com uma atitude arrogante de que não precisa de ninguém para por em prática estas medidas, vendo-se a sua verdadeira subserviência!

Um homem com carisma, um homem com ambição, um homem que faz o melhor... para si!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Apoie-se! Invista-se! Controle-se!

Portugal tinha em 2001, segundo os Censos, 188054 pessoas empregadas no Grande Grupo 6 (Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas) e 997514 no GG9 (Trabalhadores Não Qualificados), partindo do princípio que muitos destes trabalhadores do Grupo 9 estão ligados à Agricultura, e que muitos desempregados a desempenham como sustento, podemos dizer que Portugal tem uma enorme capacidade de produção agrícola, até pelo seu clima e pelo seu território desocupado e propício à prática.

Acho então curioso que Portugal importe 30% dos alimentos que consome por produzir poucos cereais... Levando a um défice nesta balança comercial em 2009 de 4000 MILHÕES DE EUROS??!!
Portugal tem assistido a crises mundiais no sector dos cereais, mas isso leva a investimentos? Leva a uma luta por esses mercados? Quando o Ministro da Agricultura vem dizer, e bem, no verão de 2010, que devido aos fogos na Rússia, e ao aumento dos cereais, os investidores deviam investir na área, quando as grandes superfícies se preparavam para subir o preço dos cereais e do pão, alguém o ouviu?
Portugal importa mais de 70% dos cereais e nos últimos 20 anos viu a sua área de produção ser diminuída para menos de metade!
Com as boas ajudas da PAC todos os anos, e com as medidas alfandegárias proteccionistas em Portugal, a produção de cereais tem de começar a ser vista como uma boa aposta em Portugal, uma aposta com futuro!
Olivier de Schutter, relator da ONU veio dizer que o Mundo está numa enorme crise alimentar, e que com os últimos acontecimentos na Líbia tende a agravar!
Mais razões para se investir? Vejam o relatório da UE sobre a agricultura em Portugal!
Ou então "As Reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e a Agricultura Portuguesa" Carlos A. F. Marques !

Se há sectores com futuro, e precisos, porque não apostar neles, e porque não haver um maior controle por parte do Estado, quanto aos fundos que vêm para os agricultores, que acabam em stands da BMW, ou nos bolsos de empreiteiros de Cascais?

sábado, 5 de março de 2011

militâncias

sempre achei que a política deve ser encarada de uma forma mais racional do que emocional, ao contrário do que sucede no futebol. no desporto, as vitórias e derrotas não nos prejudicam de forma directa a vida, ou seja, podemos ficar tristes com uma derrota, mas no dia a seguir as coisas passam. na política as coisas não são bem assim. devemos sempre ter em conta que as escolhas da democracia, embora sejam de uma maioria, podem acarretar elevados custos. isto tudo tem a ver, com as escolhas políticas e as "perigosas" militâncias. durante uma aula de elites políticas, onde se discutiam os métodos de recrutamento das elites, levantei a questão da militância e sobretudo das juventudes partidárias. o facto de defendermos incondicionalmente um clube ou um partido, ficamos como que uns "amputados mentais" sem capacidade crítica, defendendo incondicionalmente os líderes e os representantes dos seus partidos, mesmo sabendo que aquela não é a melhor solução. sim, podemos entrar para um partido pelos benefícios que daí poderemos recolher, podemos andar em caravanas, a agitar bandeiras, a fazer de figurantes, a fazer "améns" ao líder. respeito tudo isso, mas a nossa consciência, a nossa verticalidade, vale bem mais que isso. depois temos fortes candidatos a primeiro-ministro que têm no seu curriculum o facto de terem sido líderes de uma jota. isto pode ser perverso, acreditem que pode.